segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NÃO ENTREGA, GRÊMIO!

Na decisão da Copa de 1950, no Maracana, logo após o gol do Brasil, o mundo teve a oportunidade de conhecer um ser humano extraordinário e um líder nato, chamava-se OBDÚLIO VARELA. Colocou a bola debaixo do braço, chamou seus companheiros da seleção uruguaia e disse que a partida ainda não estava perdida. Com firmeza comandou a sua seleção na virada histórica que calou as vozes de 150.000 pessoas. Conta a lenda que não ficou alegre por esse feito e, munido de uma triste melancolia, saiu às ruas do Rio de Janeiro, para beber com os perdedores. Amanheceu sózinho na praia de Copacabana. Com certeza um homem raro, esse OBDÚLIO.

Todos aqueles que me conhecem sabem que primo pelo uso da razão. Acima até da paixão, acredito que a razão deve prevalecer. Por isso o GRÊMIO deve ir para o Maracana, no próximo domingo, com todos os seus titulares e jogar para ganhar. É o mínmo que pode fazer. Entregar esse jogo para não ajudar o arqui-rival é indigno de uma grande equipe. É uma questão de honra jogar essa partida como se deve jogar todas as partidas deste esporte extraordinário que é o futebol. Para ganhar. Mesmo que perca ou empate, o suor da ética e da moral deve embeber as camisas do atletas gremistas, para que a maioria da sua torcida, que prima pela razão, tenha o orgulho de contar aos que ainda não nasceram que viram o maior estádio do mundo calar outra vez. Por onze OBDÚLIOS VARELAS.

NÃO ENTREGA GRÊMIO!

E ainda por cima poderemos dizer aos colorados:" Voces nos devem essa!"

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CADÊ AS VOZES DISSONANTES?

Acabamos de receber, com todas as honras, um chefe de estado que nega o HOLOCAUSTO e, recentemente, foi reempossado após vencer uma eleição que certamente foi fraudada e que mantém a oposição debaixo das botas de milícias religiosas?

Aonde estão as vozes dissonantes deste país? Será que todo mundo é a favor?

Quero ouvir a opinião de FERREIRA GULLAR, SÉRGIO AUGUSTO, MILLOR FERNANDES, ZIRALDO, IVAN LESSA, FERNANDA MONTENEGRO, RUBEM FONSECA, DANUZA LEÃO, CAETANO VELOSO, CACÁ DIEGUES, NELSON MOTA, WALTER SALLES, ELIO GASPARI,LUIS FERNANDO VERISSIMO e tantos e tantos outros jornalistas, escritores, professores, poetas, músicos, arquitetos e demais profissionais que formam a consciência crítica desta nossa Nação Brasileira.

Falem! Exprimam sua opinião. Necessitamos saber.

JOSÉ TRAJANO

Sempre que posso, dou uma espiada no programa Pontapé Inicial, da ESPN Brasil. É impossível não reparar em JOSÉ TRAJANO, um dos apresentadores. Para mim, o melhor comentarista de futebol da TV brasileira. Coerente, criativo, culto, e ainda por cima, conhecedor profundo do melhor da MPB. Sem falar na sua paixão pelo América, do Rio de Janeiro.

Como os mais antenados sabem, ontem, o AMÉRICA reconquistou sua volta a elite do campeonato Carioca. E JOSÉ TRAJANO exultava com o seu time de coração. Mas, como tudo não é perfeito, teve de responder a dois e-mails de um mesmo telespectador, que desancava o futebol e a vitória do AMÉRICA. Sua resposta foi emocionada e genial.

Começou dizendo que existem várias maneiras de gostar de futebol. Alguns preferem falar dos esquemas táticos, técnicos e citou os dois-cinco-dois, quatro-três-três, e tantos outros. Lembrou ainda que muitos gostam das equipes recheadas de craques e que, ainda outros, em sua imensa maioria de torcidas organizadas, preferem ir ao futebol para bagunçar, brigar e, por incrível que pareça, até matar.

Ele, TRAJANO, não. Ele vai comemorar o retorno do seu AMÉRICA à primeira divisão, e para tanto já havia cancelado um almoço e um jantar, que teria no dia de hoje, para falar só do seu time de coração e sabem por quê?

Por que isso lembrava a sua INFÂNCIA, vinha da alma, e que era dessa maneira que ele gostava de ver futebol.

Não é preciso dizer mais nada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Qual a opinião da irmã?

Apesar da bronca de Dona Canô, Caetano tem razão! Lulla é mesmo um ignorante. E por que afirmo isso? Porque se não fosse, não estaria recebendo como um amigo, o troglodita presidente do Irã, um país que nega direitos básicos às mulheres e aos homossexuais, para dizer o mínimo.

Pô, já engolimos o Evo Imorales e o episódio da Petrobrás, a psicopatia explícita de Hugo Chavez dando palpites sobre o Brasil, o presidente pedófilo do Paraguai e tantos outros amigos de Lulla e do PT, agora vamos ter de receber esse inimigo do Ocidente e da vida civilizada? Chega! Basta! Fora daquí, Ahmadinejad!!!!!

Lulla, portanto, ignora tudo isso, ou finge ignorar. O que me leva a concluir que Caetano tem razão.

Dona Canô não gostou, um irmão do cantor que é membro do PT, também não, mas o que será que a 1ª irmã acha disso tudo?

Fala aí, Maria Bethânia.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CAÊ X LULLA

Apesar de estar devendo um bom disco há muito tempo, Caetano se saiu muito bem nessa polêmica com Lulla. Este está completamente seduzido pelo poder e, apesar de dizer isso aos quatro ventos, não aceita que alguém diga o que ele é na realidade:um homem limitado possuidor de uma inteliência intuitiva que, por essas ironias da História, conseguiu ser presidente do seu país, o que, devemos reconhecer, é um feito.

Mesmo assim, Lulla não faz um grande governo. Longe de mim pensar em um governo de cunho "revolucionário", mas sinto falta de uma administração que se sobressaia da mesmice, original, com algumas idéias autênticas, inovadoras. Acredito que isso nunca acontecerá. O "Mensalão" deitou tudo por terra e, agora, o tempo é curto.

Caetano depositou em Marina Silva esse anseio não conformista de meia dúzia de intelectuais que não aderiram ou não se conformaram com o assistencialismo do Bolsa Família e o PAC de meia tigela. Sou do tempo em que o Ziraldo não era um chato nem tinha sido "indenizado", Jaguar ainda bebia e Paulo Francis escrevia com conhecimento e coragem. Acho que a oposição ao PT é fraca e ressente-se da falta de novos "Caetanos". Sem medo de polemizar.

Mas, concluindo, pô, Caetano, Lulla é o que é, Marina é uma flor da Amazônia que exala Esperança, mas citar o Mangabeira? Esse ninguém merece.

Com todo o respeito de um velho fã.