domingo, 20 de dezembro de 2009

TOQUE NEGATIVO

"O meio-ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável e isso significa que é uma ameaça pro futuro do nosso planeta e dos nossos países."

DILMA ROUSSEF, na Conferência do Clima de Copenhague

O vídeo está rolando na internet, ou não?

NÃO ENTREGOU

Embora atrasado posso responder com a máxima convicção, Guilherme, o GRÊMIO, embora perdendo, NÃO entregou.

Um abraço

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NÃO ENTREGA, GRÊMIO!

Na decisão da Copa de 1950, no Maracana, logo após o gol do Brasil, o mundo teve a oportunidade de conhecer um ser humano extraordinário e um líder nato, chamava-se OBDÚLIO VARELA. Colocou a bola debaixo do braço, chamou seus companheiros da seleção uruguaia e disse que a partida ainda não estava perdida. Com firmeza comandou a sua seleção na virada histórica que calou as vozes de 150.000 pessoas. Conta a lenda que não ficou alegre por esse feito e, munido de uma triste melancolia, saiu às ruas do Rio de Janeiro, para beber com os perdedores. Amanheceu sózinho na praia de Copacabana. Com certeza um homem raro, esse OBDÚLIO.

Todos aqueles que me conhecem sabem que primo pelo uso da razão. Acima até da paixão, acredito que a razão deve prevalecer. Por isso o GRÊMIO deve ir para o Maracana, no próximo domingo, com todos os seus titulares e jogar para ganhar. É o mínmo que pode fazer. Entregar esse jogo para não ajudar o arqui-rival é indigno de uma grande equipe. É uma questão de honra jogar essa partida como se deve jogar todas as partidas deste esporte extraordinário que é o futebol. Para ganhar. Mesmo que perca ou empate, o suor da ética e da moral deve embeber as camisas do atletas gremistas, para que a maioria da sua torcida, que prima pela razão, tenha o orgulho de contar aos que ainda não nasceram que viram o maior estádio do mundo calar outra vez. Por onze OBDÚLIOS VARELAS.

NÃO ENTREGA GRÊMIO!

E ainda por cima poderemos dizer aos colorados:" Voces nos devem essa!"

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CADÊ AS VOZES DISSONANTES?

Acabamos de receber, com todas as honras, um chefe de estado que nega o HOLOCAUSTO e, recentemente, foi reempossado após vencer uma eleição que certamente foi fraudada e que mantém a oposição debaixo das botas de milícias religiosas?

Aonde estão as vozes dissonantes deste país? Será que todo mundo é a favor?

Quero ouvir a opinião de FERREIRA GULLAR, SÉRGIO AUGUSTO, MILLOR FERNANDES, ZIRALDO, IVAN LESSA, FERNANDA MONTENEGRO, RUBEM FONSECA, DANUZA LEÃO, CAETANO VELOSO, CACÁ DIEGUES, NELSON MOTA, WALTER SALLES, ELIO GASPARI,LUIS FERNANDO VERISSIMO e tantos e tantos outros jornalistas, escritores, professores, poetas, músicos, arquitetos e demais profissionais que formam a consciência crítica desta nossa Nação Brasileira.

Falem! Exprimam sua opinião. Necessitamos saber.

JOSÉ TRAJANO

Sempre que posso, dou uma espiada no programa Pontapé Inicial, da ESPN Brasil. É impossível não reparar em JOSÉ TRAJANO, um dos apresentadores. Para mim, o melhor comentarista de futebol da TV brasileira. Coerente, criativo, culto, e ainda por cima, conhecedor profundo do melhor da MPB. Sem falar na sua paixão pelo América, do Rio de Janeiro.

Como os mais antenados sabem, ontem, o AMÉRICA reconquistou sua volta a elite do campeonato Carioca. E JOSÉ TRAJANO exultava com o seu time de coração. Mas, como tudo não é perfeito, teve de responder a dois e-mails de um mesmo telespectador, que desancava o futebol e a vitória do AMÉRICA. Sua resposta foi emocionada e genial.

Começou dizendo que existem várias maneiras de gostar de futebol. Alguns preferem falar dos esquemas táticos, técnicos e citou os dois-cinco-dois, quatro-três-três, e tantos outros. Lembrou ainda que muitos gostam das equipes recheadas de craques e que, ainda outros, em sua imensa maioria de torcidas organizadas, preferem ir ao futebol para bagunçar, brigar e, por incrível que pareça, até matar.

Ele, TRAJANO, não. Ele vai comemorar o retorno do seu AMÉRICA à primeira divisão, e para tanto já havia cancelado um almoço e um jantar, que teria no dia de hoje, para falar só do seu time de coração e sabem por quê?

Por que isso lembrava a sua INFÂNCIA, vinha da alma, e que era dessa maneira que ele gostava de ver futebol.

Não é preciso dizer mais nada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Qual a opinião da irmã?

Apesar da bronca de Dona Canô, Caetano tem razão! Lulla é mesmo um ignorante. E por que afirmo isso? Porque se não fosse, não estaria recebendo como um amigo, o troglodita presidente do Irã, um país que nega direitos básicos às mulheres e aos homossexuais, para dizer o mínimo.

Pô, já engolimos o Evo Imorales e o episódio da Petrobrás, a psicopatia explícita de Hugo Chavez dando palpites sobre o Brasil, o presidente pedófilo do Paraguai e tantos outros amigos de Lulla e do PT, agora vamos ter de receber esse inimigo do Ocidente e da vida civilizada? Chega! Basta! Fora daquí, Ahmadinejad!!!!!

Lulla, portanto, ignora tudo isso, ou finge ignorar. O que me leva a concluir que Caetano tem razão.

Dona Canô não gostou, um irmão do cantor que é membro do PT, também não, mas o que será que a 1ª irmã acha disso tudo?

Fala aí, Maria Bethânia.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CAÊ X LULLA

Apesar de estar devendo um bom disco há muito tempo, Caetano se saiu muito bem nessa polêmica com Lulla. Este está completamente seduzido pelo poder e, apesar de dizer isso aos quatro ventos, não aceita que alguém diga o que ele é na realidade:um homem limitado possuidor de uma inteliência intuitiva que, por essas ironias da História, conseguiu ser presidente do seu país, o que, devemos reconhecer, é um feito.

Mesmo assim, Lulla não faz um grande governo. Longe de mim pensar em um governo de cunho "revolucionário", mas sinto falta de uma administração que se sobressaia da mesmice, original, com algumas idéias autênticas, inovadoras. Acredito que isso nunca acontecerá. O "Mensalão" deitou tudo por terra e, agora, o tempo é curto.

Caetano depositou em Marina Silva esse anseio não conformista de meia dúzia de intelectuais que não aderiram ou não se conformaram com o assistencialismo do Bolsa Família e o PAC de meia tigela. Sou do tempo em que o Ziraldo não era um chato nem tinha sido "indenizado", Jaguar ainda bebia e Paulo Francis escrevia com conhecimento e coragem. Acho que a oposição ao PT é fraca e ressente-se da falta de novos "Caetanos". Sem medo de polemizar.

Mas, concluindo, pô, Caetano, Lulla é o que é, Marina é uma flor da Amazônia que exala Esperança, mas citar o Mangabeira? Esse ninguém merece.

Com todo o respeito de um velho fã.

domingo, 18 de outubro de 2009

SEJA MARGINAL, SEJA HERÓI

HÉLIO OITICICA foi um artista transgressor, irreverente e genial. O criador dos PARANGOLÉS, uma espécie de manto que ao ser vestido revelava a beleza de suas formas, foi também o responsável por uma instalação chamada TROPICÁLIA, origem do movimento que marcou a cultura brasileira no final dos anos 60.

Artistas como OITICICA sempre me agradaram e lamento muito o que aconteceu com grande parte do seu acervo. Esse incêndio destuiu um pedaço de uma obra inovadora integrante do melhor da arte nacional que nunca será substituída.

É lamentável.

domingo, 11 de outubro de 2009

OBAMA CONTRA A PAREDE

A Academia Sueca ao conceder o prêmio Nobel da Paz ao atual presidente dos EUA está, em verdade, demonstrando seu desprezo por Bush e sua turma, por tudo o que fizeram de errado em oito anos de governo. Nesse período o anti-americanismo elevou-se a níveis estratosféricos e a PAZ e a HARMONIA necessitadas por tantos povos nunca estiveram tão longe.

Por outro lado o Nobel para Obama o coloca na OBRIGAÇÃO de preencher todas as expectativas geradas por sua recente eleição. Se ele significa o NOVO, então que prove. O mais rápido possível, pois o tempo urge. Isso tem de ser feito não só em nível interno, mas também em outras paragens como no Oriente Médio. Não vai ser fácil, aliás de minha parte acho muito difícil Obama não decepcionar todos aqueles que acreditaram nele. O Sistema ou uma bala, ou os dois juntos, não vão deixar.

Tomara que eu esteja errado!!!!!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

TOQUE

"Se você tiver comida sobrando, DIVIDA com seu IRMÃO e sua IRMÃ. São os que estão à sua DIREITA e à sua ESQUERDA".

JANIS JOPLIN in Woodstock

NOBEL DA PAZ PARA OBAMA

Ué, não era para o "nuncaantesnaestóriadestepaís"?

TOQUE

"Falta uma gota de SARAH VAUGHAN a FRANK SINATRA para que ele seja ORLANDO SILVA"

JOÃO GILBERTO

domingo, 4 de outubro de 2009

COMENTÁRIOS

E aí, não tenho recebido comentários. Fico em dúvida se vale a pena manter o blog sem a caixa de ressonância que seriam os comentários. Aceito críticas numa boa, desde que civilizadas.

Um amigo pediu para que falasse mais em filmes e música, menos em política.

Aguardo manifestações.

COPA & OLIMPÍADAS, UM PÉ ATRÁS

Apesar dos donos das grandes empreiteiras estarem salivando de alegria e os traficantes dos morros cariocas terem saudado com uma saraivada de balas perdidas & achadas a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, não sou contra esses empreendimentos multibilionários. Apenas acho que devemos ter um pé sempre atrás.

Vejam o caso do pré-sal que, mesmo sem jorrar uma única gota de petróleo, foi aclamado por Lulla como um nova independência. Será mesmo? A população de baixa renda terá benefícios imediatos? Quais serão eles? No mínimo o gás de cozinha a preços compatíveis com o ganho dessa grande parte da população. E a gasolina? Com tanto petróleo a classe média que labuta no dia a dia deverá não só abastecer seu carro mas também pagar passagens nos ônibus urbanos com preço proporcional ao da gasolina, que certamente será barata, ou não? Uma nova independência passa por aí, não por uma nova estatal do tipo Petrossauro (obrigado Franz Paul Heilborn).

E a Copa do Mundo em 1914? No anúncio oficial foi dito que na reforma e construção ds estádios não entraria dinheiro público e tudo seria bancado pelos clubes de futebol e grandes enmpresários interessados nesses investimentos. Parece que a coisa vai ser ao contrário. Não vai entrar um tostão privado. Isso não está bem claro. Não é de se ficar com um pé atrás?

E as Olimpíadas no Rio? Claro que não sou burro, sei da geração de empregos e investimentos em infra-estrutura que trarão inúmeras facilidades aquela região mas, sem ser do contra, tenho certeza que a quantidade de dinheiro investido (bilhões) de outra maneira e de maneira honesta beneficiaria muito mais pessoas (milhões). Será que estou enganado?

Por favor, me provem o contrário. Seria um alívio. Até lá continuo com um pé atrás.

sábado, 3 de outubro de 2009

BATATA ABSOLVIDO. BOM PARA SANTA VITÓRIA

O PMDB é um horror. Poderia ter sido o GRANDE partido social democrata que este país tanto precisa, que o PT não quis ser e o PSDB nunca será. Comecei minha militância política na juventude do MDB. Sei que o meu partido envelheceu e hoje está repleto de coronéis e fisiologistas de todas as cepas. A imensa maioria deles chegou depois de mim. José Sarney foi um deles. O que me causou muita constrangimento e a cobrança e gozação dos amigos petistas. Mesmo assim, se alguém tem de sair do PMDB que sejam eles e não eu. Seria sempre um estranho em qualquer outra agremiação política. Sempre mirei nos exemplos de Ulisses Guimaraes e Pedro Simon. Este com um saldo político amplamente favorável. Um dos poucos senadores que se salvam da mediocridade geral instalada em Brasília.

Não sou um oportunista. Poderia estar filiado hoje ao PT. Convites não faltaram, muito antes do MENSALÃO, que igualou por baixo todos os partidos, mas comecei meu afastamento gradual e consciente da esquerda a partir de 1979. Através de muita observação e leitura pude perceber que a intolerância não estava só em um lado. Fazia parte das ideologias e do coração dos homens. Todos aqueles que me conhecem sabem que me posicionei claramente contra as ditaduras de direita que assolaram o Brasil e a maioria dos países da América do Sul e Central. O problema é que não poderia ignorar Cuba e a falta de liberdade nos países que compunham a Cortina de Ferro. Como não simpatizar com a Glasnost e o sindicato Solidariedade na Polônia?

Cada vez mais fui me afastando das questões de ordem coletiva para mergulhar nas de ordem individual. A liberdade de pensamento e de escolha passaram a ser fundamentais na minha vida. Troquei a admiração dos revolucionários pelos rebeldes, aqueles que não se conformam, que transpiram de calor nas noites geladas, que, como diz Jack Kerouac, "se pudessem enlaçavam um cometa para explodir entre as estrelas". A Democracia plena passou a ser o maior valor a ser respeitado para todo o tipo de conquista, inclusive as sociais.

Essa espécie de introdução serve para chegarmos ao motivo do título desta postagem: Sou contra a perpetuação no poder. Hoje, conscientemente, posso afirmar que sou contra a reeleição em todos os níveis. A prorrogação dos mandatos pode nos levar a monstruosidades como Hugo Chavez mas, aqui em Santa Vitória, não posso ignorar a série de projetos da atual administração. Muitos deles, se totalmente implementados e concluídos, podem mudar a face de SVP. Alguns estão em andamento, como o Porto, Fábrica de Gelo e Filetagem, ciclovia, Posto dos Donatos, Escola Osmarino Terra, Usina de Leite, Engenho de Beneficiamento de Arroz, praça General Andréia, a primeira fase do programa "Hermena Que Te Quero Bem" e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Temos ainda em fase primária outros importantes projetos como a modernização (com estacionamento oblíquo, calçadão e ciclovia) da rua Barão do Rio Branco, o reordenamento do entorno da Estação Rodoviária, a reforma e restauro do Theatro Independência, a transformação do prédio do antigo clube Caixeiral em um moderno centro Cultural e talvez outros que não tenho conhecimento.

O povo confiou e deu um novo mandato ao prefeito Batata. A Justiça referendou o resultado das eleições. Sei das dificuldades de repasses de verbas da União para os municípios mas ainda faltam três anos para novas eleições para prefeito. Tempo e criatividade não podem faltar em uma administração que se propõe transformadora.

Portanto, mãos à obra! Santa Vitória merece!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ANTES DE MAIS NADA

Para que fica bem claro, sou contra qualquer tipo de censura e restrições à liberdade de imprensa. Tanto faz em Honduras, Argentina, Venezuela ou ainda, aqui no Brasil, como fez um juiz amigo de Sarney contra jornal O Estado de São Paulo.

O governo provisório de Honduras pisou feio na bola ao decretar o Estado de Sítio, limitando o direito de ir e vir de seus cidadãos e intervindo em duas emissoras de rádio e televisão favoráveis a Manuel Zelaya. E, o que é pior, tornando (talvez)inviável o pleito eleitoral de novembro.

Era tudo o que queriam Chávez, Zelaya e sua turma...

OS TRÊS PATETAS

Nessa trapalhada promovida pelo governo brasileiro em Honduras podemos destacar três personagens, são eles: LULLA, CELSO AMORIM e MARCO AURÉLIO GARCIA, que a partir de agora podemos chamar de OS TRÊS PATETAS.

Monitorados por HUGO CHÁVEZ, esses defensores da Democracia (quá, quá, qua,) e de eleições livres pelo mundo afora (vide CUBA, LÍBIA, SUDÃO, IRÃ) agora não sabem o que fazer para se livrar desse "pepino" e apelam até para a ONU, com a desculpa de defender o direito de Zelaya, o verdadeiro golpista, fazer da embaixada brasileira em Tegucigalpa um escritório político.

Pois bem, já levaram um tremendo "xixi" dos EUA, que apostavam nas eleições de novembro para que tudo voltasse ao normal e, por incrível que pareça, até JOSÉ SARNEY, já está pulando fora do barco.

Só falta agora esperarmos a posição de COLLOR, o neo amigo de LULLA.

Pelo menos, com os TRÊS PATETAS originais a gente ria.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

HONDURAS

O que aconteceu realmente em Honduras? Na verdade NÃO houve um golpe de estado perpretado por militares. O que aconteceu com o presidente Zelaya (aquele do bigode pintado de preto)foi a sua deposição pura e simples pela Suprema Corte Hondurenha e pelo Poder Legislativo do país tendo por base a própria constituição que NÃO permite reeleição em qualquer nível. Zelaya queria por qualquer custo, inclusive usando militares, realizar um plebiscito que permitisse a reeleição, inclusive a sua, que era seu objetivo principal.

E o Brasil nessa história toda? Como todos sabemos a diplomacia do governo Lulla é simpática a todo tipo de ditadores e facínoras que governam seus países com mão de ferro. Nem vou citar os exemplos mais notórios, tipo Fidel Castro e Hugo Chávez, mas é inconcebível a mão estendida para o Sudão, a Líbia de Muammar Kadafhi e o Irã, cujo atual presidente nega a existência do Holocausto e vai ser recebido com toda a pompa pelo presidente Lulla?

O caso da embaixada brasileira em Tegucigalpa é mais uma prova dos erros da nossa política externa. Zelaya está lá instalado como se fosse a sua casa, com um grupo de comparsas e não está negociando , pelo contrário, está incitando lá de dentro a seus seguidores que se rebelem, o que pode provocar um banho de sangue, tendo o Brasil coperado com isso.

Ficam as perguntas: Lulla, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia (arrggghhh)queriam isso? era essa a sua intenção? Eu sei que a do psicopata Chavéz era. Alguém duvida?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LOKI?

Na semana passada tive o prazer de ver o documentário "LOKI?" sobre o gênio da música brasileira contemporânea ARNALDO BAPTISTA. Como todos sabem, ARNALDO, junto com RITA LEE e o irmão SÉRGIO BAPTISTA forma os criadores d'OS MUTANTES um grupo seminal para compreender a riqueza da MPB dos anos 60 em diante.

Com muitas imagens inéditas este documentário resgata a importância da genialidade do mutante e através de depoimentos de várias gerações de artistas, amigos e fãs,demonstra que nem tudo está perdido. Nossos sonhos e nossa memória devem ser respeitados e cultuados por um passado de realizações que miravam numa sociedade e num mundo melhor, repleto de paz e amor!

Numa das imagens inéditas, ARNALDO fala de uma série de shows feitos pelo Brasil e cita a cidade gaúcha de Pelotas. Eu estava lá. Foi o primeiro espetáculo que assisti ao vivo. Com certeza mudou a minha vida. Tanks ARNALDO!

Filme do Lulla

Os Barretão fizeram um filme sobre o presidente Lulla, parece que o nome é "O filho do Brasil". Na realidade, além do evidente puxa-saquismo , os realizadores agora sabem que a captação de financiamento público para novos filmes será fácil e rápida, sem a morosidade habitual da burocracia governamental.

Fica a pergunta: e o filme sobre o filho de Lulla, o Lulinha, quando será feito e por quem? Afinal este também é um filho do Brasil, só que enriqueceu rápido demais!

Essa história merece ser contada. Será um filmaço e, esse sim, vou assistir com prazer!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ARMAMENTOS

Lulla e seu ministro da Defesa, o imperial Nelson Jobim, estão comprando submarinos, aviões e não sei o que mais da França. Uma queima de dinheiro impressionante. Certamente essa astronônica soma (bilhões de dólares)seria melhor aplicada em qualquer outro setor da sociedade brasileira. Lulla diz que é para defender o pré-sal. Defender de quem? Ainda se fosse do asqueroso do Hugo Chavez e seus asseclas do Paraguai, Bolívia e Equador, tudo bem. Mas parece que a compra de peças de guerra é para defender a jurássica estatal, a ser criada, da iniciativa privada, tanto nacional quanto estrangeira. Portanto o medo é dos empresários e, claro, também da dita "burguesia" e da imprensa que ainda não se vendeu. Aonde vamos parar? Acho que nem Deus sabe.

Complementando esta postagem, por favor, leiam o que vem a seguir:

"Os apóstolos do Estado nacional, que espumam de indignação patriótica à simples idéia de privatizar alguma empresa estatal, tornam-se de repente globalistas assanhados quando um poder supranacional vem defender os interesses deles contra os interesses da pátria.

Essa conduta é tão repetida e uniforme que só um perfeito idiota não perceberia nela um padrão, e por trás do padrão uma estratégia. Desde logo, “a pátria” que eles celebram se constitui exclusivamente de estatais, onde têm sua base de operações e de onde dominam não somente uma boa fatia do Estado, mas também os sindicatos de funcionários públicos e seus monumentais fundos de pensão.

Defendendo sua toca com a ferocidade de javalis acuados, desprezam tudo o mais que compõe a noção de “pátria” e não se inibem de colocar-se a serviço de ONGs e governos estrangeiros quando atacam as instituições nacionais, desmoralizam as Forças Armadas, desmembram o território brasileiro em “nações indígenas” independentes, impõem normas à educação de nossas crianças, fomentam conflitos raciais para destruir o senso de unidade nacional e, em suma, arrebentam com tudo o que constitui e define a essência mesma da nacionalidade. Da pátria, só uma coisa lhes interessa: o dinheiro e o poder que lhes vêm das estatais.

Em segundo lugar, o nacionalismo que ostentam é de um tipo peculiar, desde o ponto de vista ideológico. É um nacionalismo seletivo e negativo, que enfatiza menos o apego aos valores nacionais do que a ojeriza ao estrangeiro - e mesmo assim não ao estrangeiro em geral, como seria próprio da xenofobia ordinária, mas a um estrangeiro em particular: o americano.

Assim, por exemplo, não sentem a menor dor na consciência quando, sob o pretexto imbecil de que toda norma gramatical é imposição ideológica das classes dominantes, demolem a língua portuguesa e acabam suprimindo do idioma duas pessoas verbais (mutilação inédita na história lingüística do Ocidente); mas, ante o simples ingresso de palavras inglesas no vocabulário - um processo normal de assimilação que jamais prejudicou idioma nenhum, e que aliás é mais intenso no inglês do que no português -, saltam ao palanque, com os olhos vidrados de cólera, para denunciar o “imperialismo cultural”.

Ser nacionalista, para essa gente, não é amar o que é brasileiro: é apenas odiar o americano um pouco mais do que se odeia o nacional. Mas, para cúmulo de hipocrisia, seu alegado antiamericanismo não os impede de celebrar o intervencionismo ianque quando lhes convém, por exemplo quando ajudam alegremente a desmoralizar a cultura miscigenada que constitui o cerne mesmo do estilo brasileiro de viver e lutam para impor entre nós a política americana das quotas raciais, em consonância com as campanhas milionárias subsidiadas pelas fundações Ford e Rockefeller.

Do mesmo modo, seu antiamericanismo fecha os olhos à entrada de novos códigos morais - feministas e abortistas, por exemplo - improvisados em laboratórios americanos de engenharia social com a finalidade precisa de destruir os obstáculos culturais ao advento da nova civilização globalista.

Redução do nacionalismo à defesa das estatais, substituição do antiamericanismo ao patriotismo positivo, adesão oportunista ao que é americano quando favorece a esquerda: desafio qualquer um a provar que a conduta constante e sistemática da chamada “esquerda nacionalista” não tem sido exatamente essa que aqui descrevo, definida por esses três pontos.

Nunca, na História, houve patriotas a quem se aplicasse tão exatamente, tão literalmente e com tanta justiça a observação de Samuel Johnson, de que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas."

Segundo nos informa Reinaldo Azevedo no seu blog da revista Veja, este artigo foi escrito em 2001 por Olavo de Carvalho e o seu título é: "O NACIONALISMO DE ESQUERDA É UMA FRAUDE".

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Continua como antes

Nestes tempos "democráticos", assim como antes tinha medo de generais, hoje tenho medo de juízes. Querem um exemplo? O ex-ministro Palocci foi absolvido pelos senhores juízes do STF. Quer dizer que foi inocentado. Sobrou para o ex-presidente da Caixa. Deve prestar serviços comunitários e estará tudo bem.

Quem sabe, para completar a obra, o caseiro Francenildo Pereira não seja condenado a passar uns tempos na prisão? Muitos, em Brasília, de todos os poderes, ficariam extremamente satisfeitos. E agradecidos.

domingo, 23 de agosto de 2009

Revogando o irrevogável

Taí, foi só encarar o chefe e toda a independência intelectual e política desaparece. Se não fosse triste seria cômico. Um plenário vazio a escutar as justificativas sendo que "...mais uma vez não pude dizer não ao presidente Lula" soou como um tapa na opinião pública e nos eleitores que o elegeram para defender os interesses de São Paulo e não os interesses do chefe.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Valentia no Senado

Mercadante foi duro, áspero e bateu forte em Lila Vieira. Uma mulher. Gostaria de ver toda essa valentia quando tem de enfrentar o chefe Lula.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula em Frequência Modulada

Conforme informa Klécio Santos na ZH de hoje (13/08), o presidente Lula enviou ao Congresso um pedido de concessão de uma emissora de rádio FM para o filho de Renan Calheiros no sertão das Alagoas.

Esta é uma prática que pensei que estivesse extinta desde a vez em que Sarney distribuiu FMs para todo mundo em troca de mais um ano de mandato como presidente.

Algum petista de respeito deve lembrar ao atual mandatário máximo que a História não perdoa. Lula representou muito para a grande maioria dos brasileiros. Não se esperava que chegasse a um nível desses. É uma pena.

Yeda pode se safar

A expectativa gerada pelo pessoal do MPF era impressionante, mas o resultado de tanto alarde foi pífio, pelo menos en relação a governadora. Apenas poucos comentários gravados entre dois colaboradores via telefone e mais nada, nenhuma prova material. O que restou foi a contradição dos dois advogados de Yeda em relação ao empréstimo dos R$ 90 mil feitos pela sua assessora junto ao Banco do Brasil. Isso ainda não está bem explicado.

Fica a pergunta: E os vídeos com qualidade cinematográficas tão bem exaltados pela sra. deputada filha do Ministro da Justiça e um vereador do PSOL?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

YEDA, CPERGS, MPF

Tenho um enorme simpatia pelos professores estaduais aqui do RS. Em contrapartida tenho uma desconfiança perene com o seu sindicato, o CPERGS. Este sindicato só sabe fazer política e digo com a mais absoluta certeza, ele está aí NÃO para defender os interesses dos professores, mas sim para defender os interesses do PT e partidos congêneres. Não existe margem para negociação e o diálogo. Como o próximo ano é eleitoral a pressão começou a algum tempo e (tóc,tóc,tóc)caso a esquerda ganhe as eleições, a gritaria passará e os professores continuarão com seus salários de fome. Esta é um verdade absoluta, indesmentível.
Quem viver, verá.

Em relação as denúncias dos procuradores do Ministério Público Federal, falando até em cassação do mandato da governadora Yeda Crusius, fiquei com uma pulga atrás da orelha, como diz o dito popular. Aonde estão as provas do seu envolvimento? Por que não foram apresentadas? E a juíza de 1ª instância tem poder para cassar o mandato de alguém eleito pelo povo,sem ter sido condenada, ou até mesmo indiciada?
Quero deixar bem claro que se Yeda for culpada deve ser condenada de acordo com o crime que possa ter cometido. Isso deve ser aplicado a todos, não só aqui como também em Brasília, por exemplo, ou a todos aqueles envolvidos no MENSALÃO, ou ainda na divulgação dos documentos bancários do caseiro Francenildo Pereira.

Não estou inocentando a governadora, mas que ficou um gosto de atitude política dos representantes do MPF, isso ficou. Vamos esperar para ver. O tempo logo nos dirá.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Collor, o neo amigo

A turma do PT adora o termo NEO, assim como a palavra CONSTRUIR, tipo "vamos construir a educação...", quá quá, quá. Portanto, agora temos o NEO AMIGO de Lula, o ex-presidente Fernando Collor, que todo mundo conhece, pela Operação Uruguai, a Fiat Elba, a tunga na poupança dos brasileiros e tantas outras coisas mais, inclusive o episódia de Míriam Cordeiro às vésperas da eleição presidencial de 1989.

Pois bem ,essa jóia de pessoa foi recebida por Lula com todas as honras tão logo protagonizou um de seus ataques de empáfia, arrogância e estupidez contra o senador Pedro Simon. Tudo isso em defesa de José Sarney que era citado no discurso do parlamentar gaúcho.

O que mais me surprende é que gente como Calheiros, Sarney e Collor podem signicar tanto para Lula fazer a sua sucessão. Como podem esses representantes do pior das oligarquias brasileiras garantirem um Brasil melhor e mais justo e, o que é pior, como podem dois partidos (PMDB e PT) com um passado de lutas contra a ditadura dependerem tanto de políticos anacrônicos e suspeitos de tantos crimes de corrupção?

Collor, o NEO AMIGO de Lula é o fim, a partir daí só podemos esperar o pior. Quem viver verá. O que é uma pena.

Mercadante, de novo

O senador paulista tenta levantar mas não consegue. Continua de cócoras.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Democracia em Honduras

O presidente de Honduras foi derrubado por tentar se perpetuar no poder. De minha parte isso é ponto pacífico. De parte da imensa maioria da população de Honduras também. Inclusive do Judiciário e do Legislativo local. A constituiçao do país não permite.

Basta olhar para a figura de Manuel Zelaya e ver que não merece ficar no poder. O Bigode e o cabelo pintado associados ao chapelão branco são inconfiáveis combinando mesmo com "democratas" como Hugo Chávez e o orelhudo presidente da Nicarágua.

Estão preparando um banho de sangue em nome de algo que não praticam em seus países de origem e, o mais incrível, é que tem apoio de orgãos e entidades que deveriam estar pregando o diálogo e a negociação até chegar a um ponto comum que levasse esse impasse a um bom termo.

domingo, 19 de julho de 2009

SOCIALISMO É ISSO AÍ!

O presidente Lula ganhou um prêmio da Unesco de US$ 150.000,00, mais ou menos R$ 300.000,00 e contrariando a norma da maioria dos premiados, de doar para alguma instituição de caridade, resolveu ficar com o prêmio para si.
Esse é o socialismo de resultados, fruto da amizade com Sarney e cia...

ABRAÇO FRATERNO

Depois de Lula abraçar e elogiar Collor, eu gostaria de saber apenas a opinião de uma pessoa: Lurian!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Minha combatividade está a serviço do presidente Lula"

A frase que titula esta postagem foi dita pelo senador Aloísio Mercadante, do PT de São Paulo. De cócoras.

sábado, 27 de junho de 2009

"Nos idos de 66, meu amigo Nelson Lins de Barros me chamou para uma atividade muito comum na época:- Quer ser júri do Festival do Aplicação?
Grande festival de música estudantil, o do Colégio de Aplicação, no Rio de Janeiro, costumava sempre mostrar coisas boas em proporção bem maior que seus similares. Aceitei no ato:- Vamos lá!Minha intuição musical, mais uma vez, estava certa. No festival destacou-se um grupo vocal de nível muito superior aos demais concorrentes, o MomentoQuatro. Depois, nos camarins (quer dizer, nas salas de aula do Aplicação reservadas para este fim...) fiz amizade instantânea com seus componentes, pouco mais novos que eu: dois futuros Boca Livre ( David Tygel e Maurício Maestro), Ricardo Villas e Zé Rodrix.

Eles tiveram suas vidas trançadas com a minha em diversas ocasiões: David dividiu comigo um quartinho metido a suíte no cariocamente mítico Solar da Fossa, uma sede de fazenda do século 18 que – acreditem – foi dividido em centenas de quitinetes e virou muquifo habitacional de todo artista que merecesse esse nome no Rio dos anos 60, para acabar lamentavelmente soterrado sob o abominável Shopping Rio-Sul, ao invés de ter sido justamente tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco; Ricardo Villas foi meu cunhado e é tio de dois de meus filhos; Maurício Maestro arranjou e gravou diversas músicas minhas; e Zé Rodrix... bem... Zé é parte integrante da minha história de vida.

Foi Zé, com sua dinâmica extra-sensorial, que me empurrou definitivamente pro poço da música. Tornamo-nos parceiros e amigos inseparáveis no final da década de 60. Nossa interação musical era quase metafísica: eu ia pra casa dele, um apezinho quarto e sala na Prudente de Morais e passávamos dias e noites compondo todo tipo e espécie de música, das geniais às ridículas: jingles, sátiras, sinfonias, tudo isso saía das máquinas de compor que éramos. Quando eu desanimava, Zé me animava, acenando com um futuro melhor para além da censura oficial e do atraso crônico de contas a pagar que então sofríamos. Como se tudo isso não bastasse, lá se foi meu primeiro casamento pras cucuias... E aí apareceu na nossa vida de dupla um outro apê histórico pra nós: o apartamento 1 (era assim antigamente...) da rua Alberto de Campos, 111, Ipanema, Rio, Centro do Universo. Lá moravam nosso amigo Guttemberg Guarabyra e os jornalistas José Trajano e Toninho Neves, que me albergaram naquela hora difícil. E para lá - com o nascimento de Marya Rodrix que não conseguia dormir com nossa algazarra – mudou-se nosso ensaio de dupla, que logo virou trio, com a adesão de Guarabyra.

Pra resumir, caímos na estrada e estouramos no Brasil inteiro com dois discos, “Passado, Presente e Futuro” e “Terra”. Como sempre e eternamente acontecerá com 99% dos jovens grupos de todos os tempos, o sucesso acabou deteriorando nossa relação, No começo de 74, entre recriminações e ranger de dentes, nos separamos. Zé foi ser solo e eu e Guarabyra, que também partimos a princípio pro solo, acabamos por seguir em dupla.Esse ressentimento idiota durou até a dupla Sá & Guarabyra comemorar dez anos de carreira, em 82, quando – nós e ele mais amadurecidos – chamamos o Zé para uma participação especial num memorável show em São Paulo. E dali, entre presenças e ausências, seguimos nos falando de vez em quando até 93, quando o convocamos de novo para arranjar e colaborar no vocal em duas músicas do CD “Sá & Guarabyra – Antenas”. O namoro – eh, eh! - foi longo: só em 2001 nos “casamos” de novo, reunindo o trio para uma apresentação no Rock In Rio III que virou CD, DVD e fez com que afinal nos jurássemos juntos para sempre de novo.

Mas o destino é caçador, e neste 22 de maio de 2009 aconteceu o impensável, o inimaginável, o imprevisível: Zé morreu. Meu espanto e sofrimento por esse fato não se devem somente à dor da perda de um amigo de mais de quarenta anos, o que já não é mole, mas também ao fato de que eu achava que o Zé não ia morrer nunca. Como pode morrer uma pessoa tão viva, tão ativa, tão irrefreável, que chegava a nos afligir com sua permanente atividade? Zé era um polvo, com tentáculos que se esticavam para alcançar o máximo possível de atividade humana que pudessem conseguir. E, de repente, o nada. Se até ele morreu, então todos nós somos realmente mortais. Pode?

Infelizmente pode.Nestes últimos oito anos de re-união fomos brindados com tudo o que a vida pode oferecer de melhor e pior para dois amigos: brigamos, gritamos, nos reconciliamos, nos estranhamos, nos atraímos, nos repelimos, nos abraçamos, quase nos batemos, nos beijamos... Entre nós dois havia uma perpétua competição. Mas ao mesmo tempo nos recusávamos a deixar que um de nós ficasse muito atrás nessa corrida maluca. A mão amiga de um estava sempre à disposição do outro. Porque, como sabiamente me falou um dia Tavito, nosso irmão em comum: “amigos de quarenta anos não erram: só se enganam...”.Então, fico aqui me lembrando dos dedos curtos do Zé no teclado – eu sempre ficava imaginando como ele conseguia alcançar uma oitava inteira! - e da sua maneira de falar sempre olhando para cima, o que fazia com que ele parecesse mais alto do que realmente era... Dos seus passos apressados, da sua regência nada técnica, mas sempre empolgada e contagiante, dos seus trejeitos e maneiras, das suas incongruências e certezas tão expostamente humanas, da fragilidade sensível que se escondia atrás de uma segurança montada por anos de cuidadosa construção de objetivos e metas: assim mesmo, como todos nós somos e fazemos, uns mais à vista que os outros.

Uma desgraça dessas, que deixa amigos e parentes com o coração na mão, faz com que nos caia a ficha da fragilidade da vida humana, em contraste com a sensação enganosa de eternidade que sempre nos cerca. Então, resta-me constatar essa fragilidade, dolorosamente exposta por James Taylor no refrão da genial e clássica “Fire and Rain”, que ele compôs para uma amiga inesperadamente falecida. Música essa, aliás, que nós três ouvíamos quase que obsessivamente naquele apê da Alberto de Campos:

I've seen fire and I've seen rain

I've seen sunny days that I thought would never end

I've seen lonely times when I could not find a friend

But I always thought that I'd see you here one more time again

Ou, livremente traduzido:

Já passei por fogo e por chuva,

Já passei por intermináveis dias ensolarados

Já enfrentei tempos solitários,

quando não pude encontrar um amigo sequer...

Mas sempre pensei que poderia te ter aqui comigo

Pelo menos uma vez mais


Boa viagem, meu amigo.

Zé Rodrix & Michael Jackson

Michael Jackson não foi indiferente para mim, mas Zé Rodrix foi muito mais importante e junto com Sá e Guarabira, estão entre meus preferidos até hoje. A dupla fez um show no Gigantinho em POA, no final dos anos 70 e eu estava lá. Aberto pelos Almôndegas, este belo espetáculo teve de brinde, no encerramento, Morris Albert, um brasileiro que cantava em inglês.

Por outro lado, consegui ver o autor de "Casa no Campo", já nos anos 2000 em show solo no Santander Cultural. Inesquecível. O Zé estava em plena forma, tanto nas músicas como nas deliciosas histórias que contou.

O Luiz Carlos Sá mantém um blog onde publicou um belo texto sobre o seu amigo Zé Rodrix, que tomo a liberdade de postá-lo a seguir.

Em tempo: ainda não consegui me dedicar a assistir "O Leitor", portanto, peço paciência aos possívies leitores que estiverem interessados em saber algo mais sobre este belíssimo filme.

sábado, 20 de junho de 2009

A verdade sempre deve ser dita

Lá estava eu, cuidando da família, do jardim e da horta, lendo meus livros e curtindo meus cds. Desde novembro não postava nada aqui no blog. O verão foi bom, pequenas viagens até as duas puntas, Del Diablo e Del Este, com uma maior até a ilha de Floripa, onde conheci as praias do lado sul. Umas maravilhas, com o destaque para a praia de Matadero. Livre de automóveis, foi um prazer conhecê-la e provar de suas delícias, ou seja, muito sol e mar até se fartar. Com algumas cervejinhas pelo meio do caminho que ninguém é de ferro.

Por aqui, um mês no Hermena e 10 dias na Barra do Chuí. Como sou livre de muitos preconceitos e sempre gostei da Barra, foram também dias maravilhosos. O que ajudou a manter o blog em stand by. Portanto, chegamos aonde eu queria chegar. Diferentemente da postagem anterior, na VERDADE, o principal motivo a reabrir o blog foram os pedidos de amigos que, aliás, não foram poucos. O que muito me honra. Nos conduzindo, inicialmente, a uma pequena dica, que deve ser levada a sério. Quem não assistiu no cinema, não deve deixar de ver em DVD. Estou me referindo ao filme O LEITOR. Um primor, uma obra-prima, com uma atuação magistral de KATE WINSLET. O que foi reconhecido com o OSCAR de melhor atriz.

Mais detalhes na próxima postagem.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

(RE) VOLTA

Pois bem, estou de volta! Meio envergonhado por ficar tanto tempo calado, nestes tempos em que é preciso cada vez mais GRITAR bem alto, seja lá o que for. É que não aguentei mais, depois do Lula dizer que o Sir Ney merece uma atenção especial, por não ser uma pessoa comum, resolvi voltar a escrever no blog.

Vamos ver se estou em forma ou enferrujado. Meus possíveis leitores é que vão julgar...Na verdade desta vez não é uma volta, mas sim uma revolta. Não dá para aguentar a podridão que assola o país. Vamos à luta, com a cara e a coragem, prontos para levar porrada, mas também bater quando necessário. Por falar nisso, Lula e Sir Ney, hein???!! Eles se merecem.