Muito bem , conforme já falei no post anterior, nesse meu silêncio prolongado, andei assistindo alguns filmes em DVD. Vou falar de quatro deles, os que mais me interessaram, tanto positivamente, quanto, é claro, negativamente. Desculpem a redundância e vamos lá:
O primeiro foi O LABIRINTO DO FAUNO, premiado filme espanhol, precedido de ótimas críticas, ganhou, se não me falha a memória, dois Oscars técnicos. Este filme, altamente alegórico, conta a fuga imaginária de uma menina aos horrores da guerra, no caso, os últimos dias antes da vitória franquista na revolução espanhola. Muito bem realizado, O LABIRINTO DO FAUNO peca por sua mensagem, a velha mensagem maniqueísta da esquerda, exagerada neste filme, ou seja, nós somos os bons, no caso os "partisans" e os outros são os maus, os muiiiiito maus. Não que eu seja simpático aos franquistas, muito pelo contrário, mas o filme torna isso muito explícito, sem meio termo, sem espaço para ponderação, para reflexão. Quem quiser embarcar nisso tudo bem, só que eu não. Em tempo: Maribel Verdu continua lindíssima.
Na sequência continuamos com o Oscar. O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA mostrou o que todo mundo que gosta de cinema já sabe: Forrest Witaker é um grande ator. Muitas vezes relegado a pequenos papéis, neste filme ele está perfeito encarnando o ditador ugandense Idi Amin Dada. O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA está baseado na história verídica de um jovem médico que em busca de aventura vai parar na nossa mãe África, em um país que passava por mais um peíodo de turbulência e, por essas coisas do destino, cai nas graças do ditador...Sem muita exigência dá para assistir no conforto de sua poltrona preferida, mas o destaque mesmo é o grande ator norte-americano.
Agora, passamos ao terceiro filme que resolvi comentar e as coisas melhoram muito. Sempre gostei do cinema brasileiro. Até hoje, MACUNAÍMA é um dos meus preferidos. Nos últimos anos tenho andado meio decepcionado com a enorme safra de filmes nacionais. Alguns poucos tenho visto nas salas de cinema, mas a maioria assisto em casa. Claro que existem as raras e honrosas excessões, CENTRAL DO BRASIL e CIDADE DE DEUS são dois deles e acredito que O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS é outro deles. Um filme, no mínimo honesto, bem realizado, apesar de sua visível produção limitada.
O diretor Cao Hamburger volta ao tema da ditadura militar de uma maneira original, com uma visão mais particular daquela época negra de nosso país, muito bem recriada para o filme. Deixado as pressas em frente ao prédio onde reside o avô, em um bairro judeu e, na sequência, adotado por toda a comunidade judaica, os olhos de um menino nos mostram um momento de nossa história ainda envolta em brumas que, por iniciativas como as contadas neste belo filme, estão a se dissipar. Vale a pena ver. O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS tem uma coisa em comum com o filme que comentarei a seguir, um bom roteiro. Confira.
Volto mais tarde para completar essa sequência de comentários sobre os filmes que andei vendo.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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