Apesar dos donos das grandes empreiteiras estarem salivando de alegria e os traficantes dos morros cariocas terem saudado com uma saraivada de balas perdidas & achadas a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, não sou contra esses empreendimentos multibilionários. Apenas acho que devemos ter um pé sempre atrás.
Vejam o caso do pré-sal que, mesmo sem jorrar uma única gota de petróleo, foi aclamado por Lulla como um nova independência. Será mesmo? A população de baixa renda terá benefícios imediatos? Quais serão eles? No mínimo o gás de cozinha a preços compatíveis com o ganho dessa grande parte da população. E a gasolina? Com tanto petróleo a classe média que labuta no dia a dia deverá não só abastecer seu carro mas também pagar passagens nos ônibus urbanos com preço proporcional ao da gasolina, que certamente será barata, ou não? Uma nova independência passa por aí, não por uma nova estatal do tipo Petrossauro (obrigado Franz Paul Heilborn).
E a Copa do Mundo em 1914? No anúncio oficial foi dito que na reforma e construção ds estádios não entraria dinheiro público e tudo seria bancado pelos clubes de futebol e grandes enmpresários interessados nesses investimentos. Parece que a coisa vai ser ao contrário. Não vai entrar um tostão privado. Isso não está bem claro. Não é de se ficar com um pé atrás?
E as Olimpíadas no Rio? Claro que não sou burro, sei da geração de empregos e investimentos em infra-estrutura que trarão inúmeras facilidades aquela região mas, sem ser do contra, tenho certeza que a quantidade de dinheiro investido (bilhões) de outra maneira e de maneira honesta beneficiaria muito mais pessoas (milhões). Será que estou enganado?
Por favor, me provem o contrário. Seria um alívio. Até lá continuo com um pé atrás.
domingo, 4 de outubro de 2009
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Um comentário:
Pois é Poti, em nome das empreiteiras, 81% do povo agradesce às olimpidas de 20016!
Olha o pessoal do grupo construção-78, feliz da vida e alguns com manifestado orgulho.
Quanto ao teu blog, que recentemente descobri, acho que deves mantê-lo, sim.
Quanta a ressonância,há no ar brasileiro, uma cautela geral de criticar o momento político, com medo de ser tachado de direita.
São poucos ainda os que se atrevem, mas acredito que aos poucos a coragem vem, e as análises serão bem vindas, independente do ponto de vista.Abraços.
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