Leio na Zero Hora que Luís Antônio de Assis Brasil será o novo secretário de Cultura do RS.
Gostaria de saber se a nomeação do escritor esta na cota pessoal do governador ou se foi indicado pelo PP? Já explico a razão dessa pergunta.
Para quemm não sabe, a PALMARTE foi um movimento artístico que trouxe muita luz a Santa Vitória nos anos de 1979, 1980 e 1983. Além de sua contribuição ao marasmo cultural que se vivia na época, a PALMARTE significou também a resistência a ditadura militar. Um belo exemplo disso foi o debate realizado na sua primeira edição sobre a Maré Vermelha, com uma conclusão totalmente diferente da oficial divulgada pela imprensa. Entre tantos talentos que mostraram seus trabalhos, podemos citar HAMILTON KOELHO ainda em busca de um norte na sua obra, mas já convicto do que queria e um imberbe VÍTOR RAMIL dedilhando seus primeiros versos no violão.
Em 1983, como alguns espaços foram fechados, saímos em busca de apoio para a realização de sua terceira edição. Nessa maratona viajei a Porto Alegre e, junto com a Paula Vasquez, visitamos o diretor de Cultura do governo Jair Soares, que era...advinhem quem? Ele mesmo, Luis Antonio de Assis Brasil. Muito educado, não nos deu muita atenção e logo fomos embora. De parte do governo do estado não conseguimos apoio nenhum mas, mesmo assim, realizamos a nossa última PALMARTE. O resto é História.
Concluindo, acredito que entre tantos equívocos, o governo de Yeda Crusius cometeu um que é imperdoável, que foi nomear Mônica Leal como secretária de Cultura que, além do seu despreparo para essa área, era filha de um dos maiores representantes da ditadura, Pedro Américo Leal, que quando ouvia falar em cultura ameaçava puxar o revólver. Em relação a Jair Soares, ele foi eleito na primeira eleição para governador aqui no RS, derrotando por 21.000 votos Pedro Simon. Seu partido era o PDS, que sucedeu a ARENA e hoje é conhecido como PP.
Espero que o novo secretário de Cultura do estado tenha a porta de seu gabinete sempre aberta para os novos valores que possam surgir aqui entre nós. Quem sabe dessa vez ele não possa dar um estímulo a um novo VÍTOR RAMIL?
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Prêmio Nobel: leia nas entrelinhas
O mundo civilizado está de olho.
A maior prova disso foram a entrega do Nobel de Literatura para Vargas Lhosa e o da Paz para um prisioneiro político chinês.
O notável escritor Vargas Lhosa é um declarado inimigo do totalitarismo aonde quer que ele se manifeste. Apoiador da revolução cubana, desde 1971 manifestou-se contrário aos descaminhos efetuados por Fidel e seus asseclas. É um defensor intransigente dos Direitos Humanos e da liberdade de opinião. Sua obra literária é plena de denúncias das arbitrariedades cometidas por governantes latinoamericanos.
Prêmio mais que merecido.
Quanto ao Nobel da Paz, muita gente acreditava que quem levaria essa horaria seria Lulla. O fato do jornal francês Le Monde ter escolhido o presidente brasileiro para, se não me falha a memória, "Homem do Ano", entusiasmou o círculo íntimo que ronda o Palácio do Planalto, em Brasília. É importante salientar que Lulla foi lançado ao Nobel da Paz em junho deste ano pelo ex-senador Aloísio Mercadante, o homem que revogou o irrevogável.
Quem recebeu essa honraria foi Liu Xiaobo, um intelectual de respeito que esteve presente, entre outros atos políticos, nas manifestações pela democracia na Praça da Paz Celestial, onde ocorreu o famoso massacre. Liu Xiaobo está preso, condenado a onze anos de prisão. Encontra-se incomunicável e só recebe a visita de sua esposa uma vez por mês, que por sinal agora está em prisão domiciliar.
As pessoas civilizadas de todo o mundo, intelectuais de respeito, cientistas, professores, jornalistas, ambientalistas, pesquisadores de todas as áreas e políticos, entre outros, ligados a países que contam com o regime democrático consolidado, através do Nobel, deixaram seu recado. O chápéu serviu claramente em Lulla que flertou abertamente com o pior que existe no mundo. Terroristas, narcotraficantes, ditadores da pior espécie, regimes que pregam a intolerância e o desrespeito a pessoa humana foram tratados com benevolência pela política externa e interna brasileira.
O resultado está aí.
A maior prova disso foram a entrega do Nobel de Literatura para Vargas Lhosa e o da Paz para um prisioneiro político chinês.
O notável escritor Vargas Lhosa é um declarado inimigo do totalitarismo aonde quer que ele se manifeste. Apoiador da revolução cubana, desde 1971 manifestou-se contrário aos descaminhos efetuados por Fidel e seus asseclas. É um defensor intransigente dos Direitos Humanos e da liberdade de opinião. Sua obra literária é plena de denúncias das arbitrariedades cometidas por governantes latinoamericanos.
Prêmio mais que merecido.
Quanto ao Nobel da Paz, muita gente acreditava que quem levaria essa horaria seria Lulla. O fato do jornal francês Le Monde ter escolhido o presidente brasileiro para, se não me falha a memória, "Homem do Ano", entusiasmou o círculo íntimo que ronda o Palácio do Planalto, em Brasília. É importante salientar que Lulla foi lançado ao Nobel da Paz em junho deste ano pelo ex-senador Aloísio Mercadante, o homem que revogou o irrevogável.
Quem recebeu essa honraria foi Liu Xiaobo, um intelectual de respeito que esteve presente, entre outros atos políticos, nas manifestações pela democracia na Praça da Paz Celestial, onde ocorreu o famoso massacre. Liu Xiaobo está preso, condenado a onze anos de prisão. Encontra-se incomunicável e só recebe a visita de sua esposa uma vez por mês, que por sinal agora está em prisão domiciliar.
As pessoas civilizadas de todo o mundo, intelectuais de respeito, cientistas, professores, jornalistas, ambientalistas, pesquisadores de todas as áreas e políticos, entre outros, ligados a países que contam com o regime democrático consolidado, através do Nobel, deixaram seu recado. O chápéu serviu claramente em Lulla que flertou abertamente com o pior que existe no mundo. Terroristas, narcotraficantes, ditadores da pior espécie, regimes que pregam a intolerância e o desrespeito a pessoa humana foram tratados com benevolência pela política externa e interna brasileira.
O resultado está aí.
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