terça-feira, 23 de setembro de 2008

JÚLIO CORTÁZAR

Na minha modesta opinião, "A COMPANHEIRA" é a mais bela poesia dedicada a POESIA. Combativa, contundente e mesmo assim, de um lirismo extraordinário.

Pequena biografia de JÚLIO CORTÁZAR

Filho de pais argentinos, Julio Cortázar nasceu em 1914 acidentalmente em Bruxelas (Bélgica). Por isso nunca ter sido uma dificuldade para ele o francês, idioma que o condenaria a pronunciar o "r" estranhamente em seu espanhol materno. Seu amor pelas línguas leva-o a prosseguir com estudos de Inglês e Alemão, possibilitando-lhe ganhar a vida com trabalhos de tradução. Amante do jazz e trompetista, Cortázar viveu até 1951 na Argentina, onde trabalhou como maestro em algumas cidades do interior (Chivilcoy, Bolívar, Mendoza), alternando com Buenos Aires. Mas o advento do peronismo, em 1945, complicaria a vida de um escritor que, até esse momento, mostrara-se alheio às causas sociais e às classes populares. Em novembro de 1951, uma bolsa concedida pelo governo francês lhe possibilita viajar para Paris por um ano, mas sua estada se prolongaria muito mais, até sua morte em 1984. Ali publica Bestiário, seu primeiro livro de contos.O exílio de Cortázar em Paris transforma-se de voluntário em obrigatório, à medida que seu compromisso com as causas do socialismo aumenta e que a política argentina começa a perseguir os seguidores de Marx. Em 1963, realiza sua primeira visita oficial a Cuba, para anos mais tarde apoiar a resistência chilena advinda da derrubada de Allende. Em 1979, apóia a revolução nicaragüense.

Cortázar foi duramente criticado por sua posição de revolucionário sitiado na Europa, sendo acusado de ignorar a verdadeira situação dos países da América Latina e de professar o comunismo intelectual, apartado da luta armada. Independentemente dessas críticas, sempre manteve sua ideologia, ainda quando os mesmos cubanos criticaram alguns aspectos de seu modo de entender o socialismo. Para ele, o exílio na Europa não o impedia de defender a América Latina e de preocupar-se com a situação do continente no qual nunca voltaria a viver. Morreu em Paris em 12 de fevereiro de 1984, onde encontra-se sepultado junto a sua mulher, Carol Dunlop, no cemitério de Montparnasse.

Fonte: www.klikescritores.com.br

Um comentário:

Joel Macedo disse...

Fala, Potigua
Estive por aqui...

grande abraço!