terça-feira, 23 de outubro de 2007

TROPICÁLIA - UMA REVOLUÇÃO NA CULTURA BRASILEIRA

Na sequência de minha postagem anterior, que versava sobre "objetos do desejo", falei no livro TROPICÁLIA, UMA REVOLUÇÃO NA CULTURA BRASILEIRA, que faz parte de um projeto maior, uma exposição internacional, que foi montada pelo Museu de Artes Contemporâneas de Chicago, com a curadoria de Carlos Bassualdo. Na verdade, este livro é o catálogo da exposição e envolve, entre 1967 e 1972, artes plásticas, música, cinema, arquitetura, teatro, design gráfico e moda. Contando com o patrocínio da Petrobrás e editado pela Cosac Naify, transcrevo a seguir a razão de este ser um dos meus "objetos do desejo":

"Com uma seleção de textos históricos, imagens e ensaios de reflexão sobre o período, traz contribuições de especialistas nas diversas áreas da cultura brasileira, produzidas especialmente para o volume. Entre outros, podem ser lidos ensaios de Ivana Bentes, Celso Favaretto, Flora Süssekind, Christopher Dunn e Hermano Vianna, além do texto introdutório do curador Carlos Basualdo. A seleção de textos históricos compreende desde textos e manifestos que, embora escritos anteriormente ao período compreendido, compartilham com o Tropicalismo o espírito crítico em relação à cultura brasileira, como o "Manifesto antropofágico", de Oswald de Andrade, "Vivência do Morro do Quieto", de Hélio Oiticica, e "Cultura e não cultura", de Lina Bo Bardi, até a seção que foi chamada, no livro, "Vozes da Tropicália", com os textos fundadores ou mais diretamente ligados ao movimento, como "O Rei da Vela: Manifesto do Oficina", de José Celso Martinez Corrêa, "A cruzada tropicalista", de Nelson Motta e "Tropicália", de Hélio Oiticica, entre outros. A última parte desta seleção traz textos que interpretam ou fazem um balanço do tropicalismo, alguns mais aderentes, outros mais críticos, porém que ainda guardam o calor do momento, como é o caso de "A explosão de Alegria, alegria", de Augusto de Campos, "Tropicalismo, antropologia, mito, ideograma", de Glauber Rocha, "Cultura e política", de Roberto Schwartz e "Que pensa você do teatro brasileiro", de Augusto Boal. A obra inclui uma cronologia do movimento, estabelecida por Basualdo."

É ou não é um "prato cheio", para quem está interessado em conhecer um pouco mais a respeito deste importante movimento que tanto influenciou a Cultura brasileira de 1967 até hoje? No meu caso particular, colecionador de discos que fizeram parte deste momento histórico, então nem se fala. Mas, infelizmente, como inúmeras coisas "neste país", o preço de TROPICÁLIA, UMA REVOLUÇÃO BRASILEIRA é proibitivo, praticamente inacessível, apesar do patrocínio da Petrobrás. Mesmo assim, "não tá morto quem peleia", um dia, quem sabe, eu chego lá. Por enquanto, vou visitar um amigo fraterno que possui esse livro e acho que ele vai me deixar dar uma "voltinha" no seu exemplar. Depois eu conto. Tchau.

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