Na eleição para presidente em 1950, o PSD, partido de velhas raposas políticas abandonou seu candidato, o mineiro CRISTIANO MACHADO. Ficou em 3º lugar em todo o país. Até em Minas Gerais. O PSD, entretanto, teve no estado 38% das legendas para deputados federais. O candidato ficou entregue a própria sorte. Daí o surgimento de uma nova acepção para o vocábulo CRISTIANIZAR.
Partido de caciques regionais, o PSD fez escola na política nacional. “Um pouco de pessedismo não faz mal a ninguém”, chegou a pregar o dramaturgo Oduwaldo Vianna Filho, autor de A Grande Família e Rasga Coração, num artigo famoso sobre a participação dos intelectuais de esquerda na tevê durante o regime militar. Governista, pragmático e manhoso, o pessedismo passou a ser um traço dos políticos brasileiros.
Reduto dos pessedistas que fizeram oposição ao governo, o PMDB especializou-se no assunto, a ponto de CRISTIANIZAR o próprio presidente da legenda, ULISSES GUIMARÃES, abandonado pelos 22 governadores do partido no primeiro turno das eleições de 1989. Os caciques regionais derivaram para a candidatura de Collor de Mello sem fazer alarde, enquanto seus líderes nacionais apoiavam Lula no segundo turno. Nas eleições seguintes, Orestes Quércia, ex-governador paulista, foi abandonado pelos correligionários, que desembarcaram na campanha de Fernando Henrique Cardoso.
Portanto, como escrevi antes, a vida segue seu ritmo normal...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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